Mikhail Bakunin: A ciência e o povo (1868)

July 23rd, 2015 by mlm

BAKUNIN,M. – A CIENCIA E O POVObakunin

Amanhã às 19:00

UERJ RAV 94

A INSURREIÇÃO QUE VIRÁ

July 10th, 2015 by mlm

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Na nossa próxima sessão discutiremos o primeiro capítulo desta publicação anônima insurrecionalista assinada pelo Comitê Invisível.

Texto: A-insurreicao-que-vem

Nem o centro e nem a periferia.

June 25th, 2015 by mlm

Nesta sessão discutiremos o texto de 2007 do Subcomandante Insurgente Marcos ‘O calendário e a geografia da teoria’. Texto no link:

NEM O CENTRO E NEM A PERIFERIA

 

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COMO A NÃO-VIOLÊNCIA PROTEGE O ESTADO

May 24th, 2015 by mlm

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Na próxima sessão do Grupo de Estudos Anarquistas Maria Lacerda de Moura  debateremos o 1º capítulo do texto “Como a não violência protege o Estado” de Peter Gelderloos, intitulado “A não violência é ineficiente”. 29 de Maio.

Texto:

Como a Não Violência Protege o Estado Peter Gelderloos

MUJERES LIBRES, AMOR LIVRE E NÃO-MONOGAMIA

March 16th, 2015 by mlm

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Nossa sessão do grupo de estudos em homenagem à semana da mulher  dia 13/03.
Os textos disparadores do debate são dois pequenos artigos da Lucia Sanchez e um da Ilse Jungenan, escritos no contexto da Revolução Espanhola.

TEXTO MUJERES LIBRES

George Orwell – A Liberdade do Parque

February 11th, 2015 by mlm
George Orwell

George Orwell

George Orwell é conhecido por seus livros 1984 e A Revolução dos Bichos, ambos críticas ao socialismo autoritário e ao capitalismo. Orwell lutou na revolução espanhola de 1936 ao lado de anarquistas e trotskistas, onde foi ferido. No texto abaixo, retirado do livro Como Morrem os Pobres e Outros Ensaios, ele fala sobre prisões politicas de anarquistas e marxistas na gestão do partido dos trabalhadores da Inglaterra, que estava no poder em 1945. Fala sobre o papel da mídia, das leis, da polícia. O texto é de 1945, mas parece que foi escrito ontem.

Aliberdadedoparque

Textos sobre “A Plataforma”

February 5th, 2015 by mlm

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  • Texto “Plataforma Organizacional dos Comunistas Libertários” ( 1926, Delo Truda – Makhno, Mett, Arshinov, Valevski, Linski) :

A Plataforma


 

  • Texto “Nossa Organização” (1925- Makhno):

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  • Textos sobre a polêmica entre Malatesta e Makhno, onde por final acabam por concordar na maioria dos pontos:

PolemicaPlataformaMalatestaMakhno


 

  • Texto “O Velho e o Novo Anarquismo” (1928- Piotr Arshinov):

PiotrArshinov


 

  • Texto “Anarquismo e Nossos Tempos” (1925- Makhno):

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  • Texto “Sobre a defesa da Revolução” (1927- Makhno)

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  • Texto “Sobre a Disciplina Revolucionária” (1926- Makhno)

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Traduções retiradas do site http://www.nestormakhno.info

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Próxima sessão: ANARQUISMO NEGRO

February 4th, 2015 by mlm

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No dia 6 de fevereiro de 2015, às 18 horas, no 9º andar da UERJ, realizaremos a sessão ANARQUISMO NEGRO, debatendo um texto de Ashanti Alston, ex integrante do núcleo duro do Partido dos Panteras Negras, que conheceu o anarquismo durante o período que ficou na prisão e hoje se indentifica como tal.

Segue o link do texto:

CLIQUE AQUI

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Aproveitamos a ocasião para difundir o texto “Eu sou uma anarquista.”, de Lucy Parsons, mulher, negra e uma grande lutadora do povo oprimido:

CLIQUE AQUI

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Lucy Parsons – Eu sou uma anarquista.

January 27th, 2015 by mlm
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Lucy Parsons

Lucy Eldine González Parsons (1853-1942) foi uma anarquista negra norte-americana. Filha de escravos, tornou-se orfã aos três anos e permaneceu em situação de escravidão durante sua infância. Em 1871, casou-se com o libertário Albert Parsons. Aderiu ao movimento operário e ajudou a fundar a Associação Internacional dos Trabalhadores (IWPA), em 1883.

Em 1886, sem nenhuma evidência, Albert Parsons foi preso e condenado à morte junto com outros anarquistas, pela revolta de Haymarket. Estas execuções tornaram-se um marco para o movimento dos trabalhadores do mundo, que adotaram o aniversário do evento de Haymarket, dia 1 de Maio, como dia de memória e manifestações da classe trabalhadora. É sobre este evento que Lucy Parsons se refere no texto abaixo.

Lucy Parsons – Eu sou uma anarquista

The Kansas City Journal, 21 de dezembro, 1886, p. 1.

Tradução: Grupo de Estudos Anarquista Maria Lacerda de Moura. Rio de Janeiro. Janeiro 2015.

Eu sou uma anarquista. Suponho que você, a maioria de vocês, vieram aqui para ver como uma verdadeira anarquista se parece ao vivo. Suponho que alguns de vocês esperavam me ver com uma bomba em uma mão e uma tocha na outra, mas estão decepcionados em não ver nenhum dos dois. Se tal tem sido as suas ideias a respeito de um anarquista, você merece estar decepcionado. Os anarquistas são pacíficos, pessoas respeitadoras das leis. O que os anarquistas querem dizer quando falam de anarquia? O dicionário Webster usa duas definições, o caos e o estado de viver sem dominação política. Nós nos apegamos a esta última definição. Nossos inimigos afirmam que acreditamos apenas no primeiro.

Você quer saber por que existem anarquistas neste país, nesta grande terra de liberdade, como vocês adoram chamá-la? Vá para Nova York. Vá pelos caminhos e vielas daquela grande cidade. Conte as miríades de famintos; conte os milhares de desabrigados, que estão a se multiplicar; o número de pessoas que trabalham mais, vivem com menos e tem menos conforto do que um escravo comum. Você ficará pasmo com suas descobertas, vocês que não prestam atenção a estes pobres, salvo como objetos de caridade e de comiseração. Eles não são objetos de caridade, eles são as vítimas da injustiça posta que permeia o sistema de governo e de economia que reina desde o Atlântico até o Pacífico. Sua opressão, a miséria que ela provoca, a infelicidade que ela dá à luz, são encontradas em maior medida em Nova York do que em outros lugares. Em Nova York, onde há não muitos dias atrás, dois governos se uniram para desvelar a estátua da liberdade, onde uma centena de bandas tocaram aquele hino da liberdade, “A Marseillaise”. Uma situação semelhante é encontrada entre os mineiros no Ocidente, que habitam na miséria e vestem trapos, os quais os capitalistas, que controlam a terra que deve ser livre para todos, podem adicionar ainda mais aos seus milhões! Oh, há uma abundância de razões para a existência de anarquistas.

Mas, em Chicago eles não pensam que anarquistas têm qualquer direito de existir. Eles querem enforca-los lá, legal ou ilegalmente. Você já deve ter ouvido falar de uma certa reunião no Haymarket. Você já deve ter ouvido falar de uma bomba. Você já deve ter ouvido falar de prisões e de detenções bem sucedidas, efetuadas por policiais. Aqueles policiais! Há um conjunto de homens, ou melhor, monstros para você! Policiais de Pinkerton! Eles fariam qualquer coisa. Tenho certeza de que os capitalistas procuraram um homem para jogar essa bomba na reunião no Haymarket e culpar os anarquistas por isso. Pinkerton pode ter feito isso por eles. Você já ouviu falar muito sobre bombas. Você já ouviu falar que os anarquistas falam muito sobre dinamite. Foi-lhes dito que Lingg fazia bombas. Ele não violou nenhuma lei. Bombas de dinamite podem matar, podem assassinar, assim como metralhadoras. Suponha que uma bomba havia sido jogada por um anarquista. A Constituição diz que há certos direitos inalienáveis, entre os quais uma imprensa livre, liberdade de expressão e liberdade de fazer assembleias. Aos cidadãos deste grande país são dadas pela Constituição o direito de repelir a supressão ilegal desses direitos. A reunião na Praça Haymarket foi uma reunião pacífica. Suponha que, quando um anarquista viu a polícia chegar ao local, com um olhar assassino, determinada a acabar com essa reunião, suponha que ele tenha jogado a bomba; ele não teria violado nenhuma lei. Futuramente, esse será o veredicto para seus filhos. Se eu estivesse lá, se eu tivesse visto aquela abordagem policial assassina, se eu tivesse ouvido falar daquele comando insolente para dispersar, se eu tivesse ouvido Fielden dizer “Capitão, esta é uma reunião pacífica”, se eu tivesse visto as liberdades de meus companheiros pisadas, eu teria arremessado uma bomba por mim mesma. Eu não teria violado nenhuma lei, mas teria confirmado a Constituição.

Se os anarquistas tinham planejado destruir a cidade de Chicago e massacrar a polícia, por que eles tinham apenas duas ou três bombas na mão? Essa não era a sua intenção. Foi uma reunião pacífica. Carter Harrison, o prefeito de Chicago, estava lá. Ele disse que era uma reunião tranquila. Ele disse a Bonfield [Capităo John Bonfield, Comandante da Esquadra de Polícia de Desplaines] para enviar a polícia e realizar as batidas. Eu não estou aqui para tripudiar sobre a morte dos policiais. Eu desprezo assassinato. Mas quando a bala do revólver de um policial mata é assassinato, tanto quando a morte vem de uma bomba.

A polícia correu em cima dessa reunião quando ela estava prestes a se dispersar. Sr. Simonson conversou com Bonfield sobre a reunião. Bonfield disse que queria botar os anarquistas pra correr. Parsons foi à reunião. Ele levou sua esposa, duas moças e seus dois filhos junto. Perto do fim da reunião, ele disse: ‘Eu acredito que vai chover. Vamos transferir a reunião para o salão do Zeph”. Fielden disse que ele estava prestes a completar seu discurso e que depois iria fechar o lugar. As pessoas estavam começando a se espalhar, mil dos mais entusiasmados ainda persistiram, apesar da chuva. Parsons e aqueles que o acompanharam partiram para casa. Eles tinham ido até a altura da delegacia de polícia de Desplaine quando viram a polícia começar a se mover rapidamente. Parsons parou para ver qual era o problema. Esses 200 policiais correram para dispersar os anarquistas. Então entramos no salão. Eu estava no salão de Zeph quando ouvi aquela terrível detonação. Ela foi ouvida em todo o mundo. Tyrants tremia e sentia que havia algo errado.

A descoberta da dinamite e sua utilização pelos anarquistas é uma repetição da história. Quando pólvora foi descoberta, o sistema feudal estava no auge de seu poder. Sua descoberta e utilização criou as classes médias. Sua primeira descarga soou o sino da morte do sistema feudal. A bomba em Chicago soou a queda do sistema de salários do século XIX. Por quê? Porque eu sei que nenhuma pessoa inteligente se submeterá ao despotismo. Estas significam a difusão de poder. Eu não digo a ninguém para usá-las. Mas foi uma conquista da ciência, não da anarquia, e se faria útil para as massas. Suponho que a imprensa vai dizer que eu sou uma traidora. Se eu violei qualquer lei, me prenda, me dê um julgamento e punição adequados, mas deixe que o próximo anarquista expresse seus pontos de vista sem obstáculos.

Bem, a bomba explodiu, as prisões foram feitas. Em seguida, veio a grande farsa judicial, começando em 21 de junho. O júri foi escolhido. Existe algum sindicalista aqui? Então sabemos que um sindicalista não foi considerado competente o suficiente para servir a este júri. “Você é um sindicalista?” “Você tem alguma simpatia para com as organizações trabalhistas?” foram as perguntas feitas a cada um. Se uma resposta afirmativa foi dada, o jurado era dispensado. Você foi ou é um maçom, um Cavaleiro Templário? O, não! [Grande aplausos.] Eu vejo você ler os sinais dos tempos por aquela expressão. Hangman Gary, erroneamente chamado de juiz, decidiu que se um homem tinha preconceitos contra os réus, isso não iria incapacitá-lo de servir no júri. Pois tal homem, disse Gary Hangman, iria prestar mais atenção à lei e as evidências e estaria mais apto a emitir um veredicto para a defesa. Existe um advogado aqui? Se houver, ele sabe que tal decisão não tem precedentes e contraria a todas as leis, razão ou bom senso.

No calor do patriotismo, o cidadão norte-americano, por vezes, deixa cair uma lágrima pelo niilista da Rússia. Eles dizem que o niilista não pode obter justiça, que ele já está condenado sem julgamento. Quão mais ele deveria chorar por seu vizinho, o anarquista, a quem é dada o mesmo julgamento, sob essas mesmas regras.

Havia delatores introduzidos como testemunhas de acusação. Havia três deles. Todos foram obrigados a admitir que tinham sido comprados e intimidados pela acusação. No entanto, Hangman Gary considerou suas evidências como competentes. Ele concluiu no julgamento que a reunião no Haymarket não foi o resultado de uma conspiração, mas foi como se fosse. Um dia antes dos escravos assalariados na fábrica da McCormick terem lutado por oito horas de trabalho, McCormick, de seu escritório de luxo, com uma canetada dos seus ociosos e anelados dedos, colocou 4.000 homens na rua. Alguns se reuniram e apedrejaram a fábrica. Por isso eles eram anarquistas, disse a imprensa. Mas os anarquistas não são tolos; somente tolos apedrejam edifícios. A polícia foi enviada e mataram seis escravos assalariados. Você não sabia disso. A imprensa capitalista calou-se, mas fez um grande alarde sobre a morte de alguns policiais. Em seguida, esses anarquistas loucos, como são chamados, pensaram que uma reunião deveria ser realizada para analisar o assassinato dos seis irmãos e para discutir o movimento pelas oito horas. A reunião foi realizada. Foi pacífica. Quando Bonfield ordenou à polícia a atacar aqueles anarquistas pacíficos, ele desmoralizou a bandeira americana e deveria ter sido baleado no local.

Enquanto a farsa judicial estava acontecendo, as bandeiras vermelhas e pretas foram trazidas para dentro da corte, para provar que os anarquistas jogaram a bomba. Elas foram colocadas nas paredes e penduradas lá, fantasmas terríveis perante o júri. O que a bandeira negra significa? Quando um telegrama diz que a bandeira foi levada pelas ruas de uma cidade europeia, isso significa que as pessoas estão sofrendo – que os homens estão sem trabalho, as mulheres passam fome, as crianças estão com os pés descalços. Mas, você diz, isso é na Europa. E na América? O Chicago Tribune disse que havia 30.000 homens naquela cidade desempregados. Outra autoridade disse que havia 10.000 crianças descalças em meados do inverno. A polícia disse que centenas não tinham lugar para dormir ou se aquecer. Em seguida, o presidente de Cleveland emitiu sua proclamação do Dia de Ação de Graças e os anarquistas marcharam em procissão carregando a bandeira preta para mostrar que estes milhares nada tinham pelo que agradecer. Quando na Câmara de Comércio, aquele antro de jogos de azar, foi realizado um banquete, de 30 dólares por prato, novamente a bandeira negra foi carregada, para mostrar que havia milhares que não puderam desfrutar de uma refeição de 2 centavos.

Mas a bandeira vermelha, a horrível bandeira vermelha, o que significa? Não é que as ruas devam correr em rios de sangue, mas que este mesmo sangue vermelho corre nas veias de toda a raça humana. Isso significa a fraternidade do homem. Quando a bandeira vermelha flutuar sobre o mundo, o ocioso será chamado para trabalhar. Haverá o fim da prostituição das mulheres, da escravidão do homem, de fome das crianças.

A liberdade foi nomeada anarquia. Se este veredicto for dado, será a sentença de morte da liberdade americana. Você e seus filhos vão ser escravos. Você terá liberdade apenas se você puder pagar por ela. Se este veredicto for dado, coloque a bandeira de nosso país a meio mastro e escreva em cada listra ‘vergonha’. Deixe que a nossa bandeira seja arrastada na poeira. Deixe que os filhos dos operários coloquem louros na cabeça destes heróis modernos, pois eles não cometeram nenhum crime. Quebre as correntes. O pão é a liberdade e a liberdade é o pão.

Original: http://www.blackpast.org/1886-lucy-parsons-i-am-anarchist#sthash.feU5kAwr.dpuf

Confederalismo Democrático

January 23rd, 2015 by mlm
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Abdullah Öcalan

Os curdos estão fazendo uma revolução na região conhecida como Rojava, na Síria. Muitos anarquistas fazem um paralelo entre esta revolução e a revolução espanhola de 1936. O que está ocorrendo nesse momento em Rojava deve muito aos escritos do preso político na Turquia Abdullah Ocalan. Seus escritos muito se baseiam no Municipalismo Libertário do anarquista Murray Bookchin.

O livro Confederalismo Democrático de Ocalan foi traduzido pelo Grupo de Estudos Anarquistas Maria Lacerda de Moura para a sessão que tratou da revolução de Rojava. Link do livro em PDF abaixo.

CONFEDERALISMODEMOCRATICO

 

Original em: http://www.freeocalan.org/?page_id=267